Medo. Essa palavra sórdida, e terrivelmente dona de mim (pelo menos quando se trata de amor e derivados). Mas pensando bem, talvez ele não seja. Eu, e apenas eu, permito que ele seja. É algo autómatico, quando eu menos espero... é ele. Está ali, na minha frente, separando-me de tudo que me faz feliz. E eu, sempre tão gentil, deixou-o sentar em meu sofá, e ainda ofereço-lhe um café. E ele, sempre tão convicto, joga-me à face tudo que atormenta-me, tudo que eu (tão ingênua) pensava que havia se evaporado. E depois disso? Tudo é drama, tudo é poesia, tudo é um mar de tormento. As palavras não ajudam-me mais a ficar calma, as mãos que me ajudam a viver, desaparecem.
Todavia, eu me lembro do seu jeito de olhar. Das palavras tão soltas, e sinceras que você me fala. Da certeza que você me dá, mesmo ainda restando a incerteza pela parte do medo. Do modo tão certo que você entrou em minha vida. Como é sua expressão quando está bravo, como você parece tão sereno quando está feliz. Então, eu sei, bem mais convicta que o medo, de que estamos bem. Talvez mais próximos ainda, e ao mesmo tempo tão longe. E daí? Estamos bem, melhores que nunca. Felizes apenas por poder nos falar, apenas por poder sorrir sabendo que sempre estaremos juntos. Apoiando-se um ao outro, se um caí, o outro o levanta. Estamos bem.
E o medo? Foge. Sua corrida é rápida, e agora é ele que está com medo. Entrementes, o medo com medo do medo? É confuso e estranho, admito. Todavia, é verdade. Ele sabe quando superamos, quando o deixamos jogado ao chão, como um brinquedo velho. Ele sabe que não tem mais poder. Contudo, ele vai voltar, mas não tão fortalecido como antes. Então, vamos o superar de novo. Ficamos forte, e ele fraco. Até que chegará o momento, o tão eterno momento, em que ele não irá mais aparecer. E então, estamos bem.
domingo, 25 de janeiro de 2009
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3 comentários:
mt lindo *.*
Muito legal.
E o medo que se foda. :D
Rs.
Adorei teu comentário no meu blog. :D
Estou te linkando lá. :)
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