quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

A eternidade é linda. Se aquece, e se transforma nas ondas do tempo. Canta as estrelas, elas são eternas. Se resplandece o amor, é eterno. O pôr-do-sol altera-se, transforma-se em eterno. O riso indiferente, vira riso alto e lascivo, é eterno. O olhar se disfarça, transborda tudo, mil palavras e torna-se eterno.
Não uma eternidade longa, ao contrário: é algo que acontece em segundos. Porém, intensifica-se tanto que faz ecuar em nossa mente, várias e várias vezes. Algumas são tão fortes, berrantes e únicas que nunca param, se fortelecem eternas. Afinal; tudo é poesia, tudo é eterno.

Entrementes, quem decide realmente o que o tudo é, somos nós.
Eu, por exemplo, transformo minha vida em um palco. O meu drama é só um charme, a minha comédia é a minha inteligência (já que eu faço parte do povo mais feliz da terra), o meu terror é só algo insignificante, o meu suspense são as minhas lutas (que felizmente, são sempre vencidas), a minha ação são as minhas atitudes, o meu romance é a minha essência. No final resta apenas o tudo de mim que há de bom. As coisas ruins eu simplesmente não levo, ignoro.
Prefiro cantar as estrelas, ver o eterno amor resplandecer em mim, o pôr-do-sol que me faz sentir a única pessoa no mundo, o riso tão dono de si, o qual conquista-me. O olhar dele que é tão meu, e suas palavras (que não dizem nem metade que seu olhar). O abraço, mais do que terno, dos do que são do meu sangue. Estar com Deus, dizer eu te amo, não conhecer a Sua voz, mas saber que é essa Sua voz que me guia. Eu prefiro isso, a minha eternidade.

domingo, 25 de janeiro de 2009

Medo. Essa palavra sórdida, e terrivelmente dona de mim (pelo menos quando se trata de amor e derivados). Mas pensando bem, talvez ele não seja. Eu, e apenas eu, permito que ele seja. É algo autómatico, quando eu menos espero... é ele. Está ali, na minha frente, separando-me de tudo que me faz feliz. E eu, sempre tão gentil, deixou-o sentar em meu sofá, e ainda ofereço-lhe um café. E ele, sempre tão convicto, joga-me à face tudo que atormenta-me, tudo que eu (tão ingênua) pensava que havia se evaporado. E depois disso? Tudo é drama, tudo é poesia, tudo é um mar de tormento. As palavras não ajudam-me mais a ficar calma, as mãos que me ajudam a viver, desaparecem.
Todavia, eu me lembro do seu jeito de olhar. Das palavras tão soltas, e sinceras que você me fala. Da certeza que você me dá, mesmo ainda restando a incerteza pela parte do medo. Do modo tão certo que você entrou em minha vida. Como é sua expressão quando está bravo, como você parece tão sereno quando está feliz. Então, eu sei, bem mais convicta que o medo, de que estamos bem. Talvez mais próximos ainda, e ao mesmo tempo tão longe. E daí? Estamos bem, melhores que nunca. Felizes apenas por poder nos falar, apenas por poder sorrir sabendo que sempre estaremos juntos. Apoiando-se um ao outro, se um caí, o outro o levanta. Estamos bem.
E o medo? Foge. Sua corrida é rápida, e agora é ele que está com medo. Entrementes, o medo com medo do medo? É confuso e estranho, admito. Todavia, é verdade. Ele sabe quando superamos, quando o deixamos jogado ao chão, como um brinquedo velho. Ele sabe que não tem mais poder. Contudo, ele vai voltar, mas não tão fortalecido como antes. Então, vamos o superar de novo. Ficamos forte, e ele fraco. Até que chegará o momento, o tão eterno momento, em que ele não irá mais aparecer. E então, estamos bem.